Trabalhadores terceirizados no DF rejeitam proposta patronal de reajuste salarial

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Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Oliveira Silva

     Com Assembléia Geral da Data-Base 2017 marcada para a terça-feira (31/01), às 17 horas, no estacionamento do Teatro Nacional. 

Embaixo de muita chuva, mais de mil trabalhadores terceirizados no Distrito Federal (DF) rejeitaram por unicidade a proposta dos patrões de reajuste escalonado de 6,57% para quem ganha entre R$ 1.052,20 a R$ 2.000,00 e 5,62% para os salários entre R$ 2.000,01 a R$ 4.000,00.

Para os salários acima dos R$ 4 mil, o índice percentual apresentado foi de 4,5%, o que também foi rejeitado juntamente de com a proposta de aumento no tíquete alimentação de R$ 27,50 para R$ 29,00, índice de 5,45%.

A presidente do Sindiserviços-DF, Maria Isabel Caetano do Reis (Dona Isabel), sindicato que representa os trabalhadores terceirizados nos órgãos públicos da União, no Governo do Distrito Federal (GDF),

condomínios e empresas privadas, destacou que os trabalhadores não vão engolir esse discurso dos patrões sobre a crise econômica para propor somente a garantia do emprego e índices percentuais com reajustes insignificantes.

Dona Isabel falou do sofrimento de milhares de pais e mães de família que já perderam o emprego via esse falso discurso golpista da economia de estado.
O que tem levado à ruína muitas famílias, ressaltou, e adoecido centenas de trabalhadores terceirizados que ainda conseguiram ficar no emprego, mas que estão exageradamente sobrecarregados com pesada carga de trabalho, parecendo verdadeiramente escravos, protestou Dona Isabel.

 

 

Mais intervenções

Em sua intervenção, o diretor do Sindiserviços-DF, Osmar Felix, lembrou os presentes sobre a importância da categoria em se manter sempre unida contra os governos golpistas que contratam empresas suspeitadas que desrespeitam os direitos dos seus empregados.

Osmar destacou a importância do fortalecimento da greve dos auxiliares de serviços gerais da empresa Juiz de Fora, na limpeza das Escolas Públicas do DF.
 

Eles estão sem o salário, tíquete alimentação e o 13º salário, o que já deveria ter sido pago em dezembro do ano passado, disse. Falou também das quase 650 merendeiras da empresa G & E Serviços e que também estão sem o 13º salário, mas com o pagamento em dia. E lembrou o sofrimento dos empregados das empresas Real JG e Servegel, na limpeza das escolas, que também estão sem receber o salário e os benefícios do mês.
 

 

 

Ex-merendeiras da Planalto

Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT/DF), que nesta semana recebeu uma comissão de ex-merendeiras da empresa Planalto, que estão preocupadas com a possibilidade de perder o emprego devido ao encerramento do contrato da empresa com a Secretaria de Estado da Educação (SEE/DF), disse que cobrou do governador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e do secretário de Educação,

Júlio Gregório, o cumprimento da Lei Distrital 4.794/2012, de sua autoria, que estabelece o aproveitamento dos trabalhadores nos postos de trabalho, quando há substituição de uma prestadora de serviços por outra.

 

Chico Vigilante, ao exaltar a luta do Sindiserviços-DF que desde o ano passado não tem medido esforços para garantir o emprego das merendeiras, esclareceu que as autoridades se comprometeram com a permanência das 466 merendeiras nos mesmos postos de trabalho.

Informando sobre o comprometimento da SEE/DF que estará bloqueando a ultima parcela do contrato da Planalto e só liberará depois que a empresa comprovar que pagou todas as verbas rescisórias e as dividas trabalhistas com as profissionais.

Também fizeram uso da palavra lideranças sindicais como Roberto Miguel, da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil e Brasília) e do Sindicato dos Vigilantes do DF, juntamente com Mauro Mendes, secretário Geral de Terceirização do Sindicato dos Trabalhadores da UnB (Sintfub), que foram levar seu apoio à luta dos trabalhadores terceirizados por salários mais dignos e melhores condições profissionais, com respeito social e qualidade de vida.