A categoria está indignada e revoltada com a forma desumana por que são tratados pelas empresas contratadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF)
Por Imprensa sindiserviços-DF – Robson Oliveira Silva
Enquanto o Distrito Federal (DF) se enfeita para o carnaval, cerca de cinco mil trabalhadores na limpeza e merenda escolar ainda não receberam o salário do mês e parte deles também não receberam o 13º salário, devido desde dezembro do ano passado.
Parte significativa da categoria está em greve e os atrasos de salários e benefícios são recorrentes há mais dois anos, o que tem provocado sérias dificuldades financeiras, despejos por falta de pagamento do aluguel e muitos trabalhadores estão vivendo de favor ou com a ajuda de familiares.
As também recorrentes promessas de pagamento da divida trabalhista, tanto por parte da Secretaria de Estado da Educação do DF (SEE/DF) e das empresas contratadas, na opinião da diretora Geral do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no DF, Andréa Cristina da Silva, têm provocado elevados níveis de estresse e vem adoecendo gravemente a categoria.
Promessa
Andréa espera, conforme comprometimento da SEE/DF que ficou de quitar a divida com as empresas ainda nesta semana, que os três mil empregados da Empresa Juiz de Fora, na limpeza e conservação das escolas públicas do DF, recebam o salário do mês e que está atrasado desde o dia 6 passado, juntamente com o 13º salário e que deveria ter sido pago no dia 19 dezembro do ano passado.
Angustiada com o sofrimento dos profissionais, ela informa que o Sindiserviços-DF não dará trégua aos caloteiros e também cobra o pagamento imediato do 13º salário para quase oitocentas merendeiras da Empresa G & E Serviços.
Já a Empresa Real JG, explica, tem cerca de mil empregados na limpeza de várias escolas públicas e deve para os seus empregados o salário do mês.
Exaltou que a categoria está indignada e revoltada com a forma desumana por que são tratados pelas empresas contratadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
O Sindiserviços-DF já formulou diversas denuncias, participou de inúmeras audiências públicas e reuniões no Ministério Publico do Trabalho (MPT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/DF), juntamente com os patrões e o GDF, no que se comprometeram em regularizar a situação, mas não o fizeram, explica a sindicalista.
Entre tantas iniciativas do Sindiserviços-DF para dar um basta nesta tortura em que vive os profissionais na limpeza e merenda escolar das mais de 659 escolas da rede pública de ensino do DF, com constantes prejuízos nos seus vencimentos e adoecimento em função de dividas por atrasos salariais e de benefícios, Andrea Cristina informou que a direção do Sindiserviços-DF já ingressou com Ação na Justiça do Trabalho, no que aguarda ser atendido o mais urgente possível em audiência, finalizou.