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O movimento sindical segue atuando para evitar um colapso econômico no País. E uma das vitórias veio nesta quinta-feira (11). O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) foi a fonte da manchete do portal G1, da qual fala dos problemas que serão causados para a economia com o anúncio do encerramento da Ford.
Na reportagem, a entidade mostra que a saída da Ford do Brasil pode afetar 119 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos. Além disso, a perda de massa salarial será de R$ 2,5 bilhões ao ano. Já a queda de arrecadação de tributos e contribuições será de R$ 3 bilhões ao ano.
Suspensão
Na última semana, a Justiça do Trabalho suspendeu as demissões nas fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA) até que as negociações entre a empresa e os sindicatos sejam encerradas. A montadora, porém, recorreu das decisões.
Dieese
Para a entidade, o encerramento das atividades da Ford no País vão além do chamado “custo Brasil”. José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese, explica que outro fator que motivou essa decisão foi o atraso na produção de veículos híbridos e elétricos, além do advento de aplicativos de transporte compartilhado.
Segundo Silvestre, a reação em cadeia provocada pelo anúncio da montadora pode trazer consequências desastrosas. Ele diz: “Quando você fecha uma planta industrial, gera um efeito irradiador na cadeia em geral”.
O coordenador do Dieese afirma que todo país desenvolvido tem uma indústria forte. “O Brasil já teve o parque industrial mais diversificado da América Latina”, avalia.
Espaço
O coordenador-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, acredita que poder divulgar esses dados sobre a Ford em um veículo da grande mídia auxilia na luta do movimento sindical. “É bom porque chega em um público que geralmente não chega”, explica.
Dados
Fausto informa que a cadeia automotiva é bastante extensa e por isso a entidade calcula 119 mil empregos afetados. Ele diz: “Começa na mineração que produz o aço e vai até o mecânico que conserta o carro. Até o dono da birosca que fica na frente da fábrica e vende pro trabalhador pode ser afetado”.