Todo dia é Dia da Consciência Negra

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No DF, o ato será realizado no Museu da República, a partir das 15 horas 

 

Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Silva

No próximo sábado, 20, comemora-se o Dia da Consciência Negra. Para a direção do Sindiserviços-DF, sindicato que representa milhares de trabalhadoras e trabalhadores terceirizados no DF, todo dia é dia de se ter consciência contra o preconceito racial.

A categoria, em sua maioria é composta por trabalhadores e trabalhadoras negras, num contingente de cerca de 70 mil profissionais, que atuam na iniciativa privada, condomínios e na área administrativa dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Governo Federal.

Como a grande maioria desses trabalhadores atuam nos serviços de limpeza, conservação, portaria e demais serviços braçais, muitos são invisíveis nos seus locais de trabalho.

É o que tem constatado a presidenta do Sindiserviços-DF, Maria Isabel Caetano dos Reis (Dona Isabel), destacando o esforço e campanhas que o sindicato tem realizado para exterminar de vez os casos de assédio moral, sexual ou de constrangimentos e preconceito racial junto à categoria.

Dona Isabel, também ressalta os casos de feminicídio. E, infelizmente, exemplifica o brutal assassinato ocorrido recentemente com a diretora de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo do sindicato, Cilma da Cruz Galvão, de 50 anos.

 

O principal suspeito do crime, Evanildo das Neves da Hora, de 37 anos, encontra-se foragido e é procurado pelos agentes da 33ª Delegacia de Polícia de Santa Maria.

Estudo do Dieese/Codeplan

No primeiro semestre de 2021, a População em Idade Ativa – PIA do Distrito Federal era majoritariamente negra, com volume de pessoas que se autodeclaravam pretas e pardas, alcançando 61,7% dos moradores com 14 anos e mais. Estimava-se, com isto, que a parcela negra desta população estava contabilizada em 1.552 mil pessoas.

A proporção de mulheres negras na PIA, no referido semestre, foi de 32,7% e a de homens negros, 29,0%. Enquanto as mulheres não negras correspondiam a 21,4% e os homens não negros a 16,9%, no mesmo semestre.

Ao apresentar indicadores sobre a condição socioeconômica de importante parcela da população do Distrito Federal, o Boletim Anual – População Negra procura atualizar o quadro das relações raciais no mercado de trabalho regional, dedicando-se nesta edição a realidade de negros e não negros nos primeiros semestres de 2019, 2020 e 2021.

Confrontos entre o 1o semestre de 2021 e o 1o semestre de 2019, período anterior ao da Pandemia Covid-19, permitem constatar que a população negra reduziu sua presença no mercado de trabalho do DF, passando de 69,9% da PEA para o patamar atual de 63,9%.

Está retração ocorreu para mulheres e homens negros, porém, de modo mais intenso, para elas, cuja proporção era de 34,5% no 1o semestre de 2019, enquanto a parcela masculina negra era de 35,5%.

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