Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Oliveira Silva
Fotos: Guina Ferraz
Após quatro rodadas de negociações com os patrões, a presidente do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no Distrito Federal (DF), Maria Isabel Caetano dos Reis (Dona Isabel), relatou para os quase mil trabalhadores presentes na Assembleia Geral da Data-Base, realizada no final da tarde dessa quarta-feira (22), no estacionamento do Teatro Nacional, que a comissão de negociação conseguiu avançar com a garantia de várias clausulas sociais, porem os patrões estão tentando impor na mesa de negociação algumas normas das famigeradas reformas da terceirização e trabalhista, que impõem a contratação indiscriminada e o trabalho intermitente e sem nenhum direito trabalhista garantido.
A resposta dos trabalhadores foi aprovar por unanimidade a continuidade das negociações pela comissão do Sindiserviços-DF até que os patrões aprovem a pauta de reivindicações da categoria, sem a retirada de nenhuma cláusula social e avanço nas clausulas financeiras e que passarão a vigorar a partir 1º de janeiro de 2018.
Deputada Federal Erika Kokay (PT/DF)
A assembleia contou com as presenças do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasília) Rodrigo Britto, a deputada federal Erika Kokay (PT/DF) e o distrital Chico Vigilante (PT/DF).
Deputado Distrital Chico Vigilante (PT/DF)
Todos eles conclamaram a categoria em participar maciçamente das atividades e assembleias (setorial/geral) da Campanha Salarial.
Ressaltando as suas preocupações com o momento político de extrema covardia de exploração com retirada dos direitos e conquistas da classe trabalhadora, que está sendo imposto pelo presidente ilegítimo, golpista e investigado, juntamente com a sua bancada empresarial de parlamentares condenados, suspeitos e gananciosos.
Na hipótese de insucesso na mesa de negociações, após assembleia geral, a categoria ratificou o exposto no Edital de Convocação da Assembleia da Data-Base 2018, que delibera que o Sindiserviços-DF poderá instaurar o Dissídio Coletivo de Trabalho, tendo como base a Legislação vigente.
No que o advogado do sindicato, Jomar Moreno, esclareceu para os presentes os riscos da extrema demora de deliberação pela Justiça do Trabalho, explicando que normalmente a Justiça só delibera as clausulas financeiras, deixando para os sindicatos dos trabalhadores e dos patrões entrarem em consenso com as clausulas sociais.
Fortalecimento do Sindiserviços-DF
Rodrigo Brito, presidente da CUT Brasília
Diante da tentativa de destruição dos direitos trabalhistas, previdenciários, restrição de acesso à Justiça para os trabalhadores e a retirada de poderes, atribuições e prerrogativas da entidade sindical, a plenária aprovou por maioria ampla autorizar previamente o desconto único da Taxa Assistencial de 3% sobre o primeiro salário reajustado.
Antes da votação, porem, Dona Isabel fez questão deixar claro que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre foi contrária ao recolhimento obrigatório do imposto sindical pelos trabalhadores.
Ela explicou que após o governo recolher o imposto e ficar com uma parte significativa, depois é que repassa uma pequena parcela para as representações sindicais dos trabalhadores.