Sindiserviços defende direitos dos terceirizados na Câmara Federal

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Na tarde desta terça-feira (29), a direção do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados no DF (Sindiserviços) participou da Comissão Especial da Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados.

 

 

Em depoimento emocionante, a presidente do sindicato que representa os terceirizados,  Maria Isabel , defendeu os interesses da categoria. “Os trabalhadores terceirizados já estão no tronco e só falta a chibata. Isso é um desrespeito com a classe trabalhadora. É preciso que os governantes sejam mais humanos, essa Reforma veio para retirar ainda mais os direitos. Nós, do Sindiserviços, somos contra a precarização e quarteirização do trabalho e não permitiremos que nenhum projeto golpista prejudique ainda mais os terceirizados e toda classe trabalhadora “, garantiu.

 

A Audiência foi destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei 6.787/2016, do Executivo, que altera a CLT (Lei 5.452/1943) e a Lei 6.019/1974, onde o golpista Temer propõe que acordos entre empresas e sindicatos prevaleçam sobre a lei.

 

A deputada Benedita da Silva (PT) também esteve presente e repudiou as medidas do governo. “Com estas imposições, somente o trabalhador é quem paga o pato. Isto é apenas o reflexo do golpe pesando nas costas da população brasileira. Querem nos colocar a mercê da iniciativa privada, porém, no nosso entendimento, é um tiro no pé. Na verdade, esse pacote de maldade trará ainda mais exploração, miséria e violência. Não podemos permitir tamanho retrocesso”, concluiu.

 

Também participaram do ato a juíza do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Thereza Christina Nahas; o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cézar Britto; o presidente da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (Contac), Siderlei Silva de Oliveira; o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Lourival Figueiredo Melo; o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC e Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) Alexandre Sampaio de Abreu; o assessor jurídico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) Narciso Figueiroa Jr.; e o advogado e professor José Augusto Lyra.

 

Do que trata o PL 6.787/2016
O projeto de Lei 6.787/2016 estabelece a prevalência de acordos e convenções coletivos entre patrões e empregados sobre a legislação trabalhista e faz parte do pacote de maldades do golpista Temer e seus asseclas, o famigerado “negociado sobre o legislado”.

 

Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, caso seja aprovado,  o projeto permitirá que trabalhadores sejam contratados sem o registro na Carteira de Trabalho; que o pagamento do salário ocorra em períodos maiores que um mês; que intervalos para descanso sejam reduzidos e mais de duas horas extras por dia permitidas, em prejuízo de condições básicas de preservação de saúde e segurança, entre outros.
Fonte: CUT Brasília