‘Contra reforma da Previdência e outros retrocessos da era Bolsonaro, vamos parar o país dia 14’, convoca Rodrigo Britto

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Centenas de dirigentes sindicais CUTistas lotaram o auditório do Sindicado dos Rodoviários do DF nessa segunda-feira (13), na Plenária da Classe Trabalhadora, como demonstração de unidade e força para a construção da greve geral de 14 de junho. Por quase três horas ininterruptas eles debateram estratégias para o pleno êxito da data, assim como ocorreu na paralisação de 28 de abril de 2017.

 

“Se tudo ocorrer dentro do previsto, Brasília – assim como o restante do país – se transformará num grande deserto. Vamos parar tudo por um dia para evitarmos o retrocesso de uma vida inteira”, afirmou o bancário e presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

 

Na opinião de Meg Barbosa, vice-presidenta da CUT Brasília e diretora do Sinpro/DF (Sindicato dos Professores), “a greve geral somente terá êxito se todos fizerem sua parte e mobilizarem, em peso, suas categorias.

 

Diretor do Sindicato dos Servidores Técnico e Administrativo da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Carlão ressaltou que o pontapé inicial da greve geral será dado nesta quarta (15), a partir das 11h, nos corredores da Universidade de Brasília (UnB), quando estudantes, professores e técnico-administrativos seguirão rumo ao Museu Nacional, onde será realizado ato que marcará a Greve da Educação.

 

Na visão de Marcos Baratto, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a meta do movimento é fechar mais de 20 rodovias e ocupar terras ao longo do dia 14 de junho. “Somente no DF, são 23 trabalhadoras e trabalhadores circulando pelas cidades para explicar as razões da paralisação”, pontuou.

 

Também presente à plenária, a presidenta do Sindiserviços/DF, contou que o maior desafio é manter o emprego e os salários dos terceirizados. “Todo mundo sabe que, mês a mês, a categoria é dizimada com demissões e o eterno atraso nos salários”. Por esse e outros motivos, segundo a dirigente sindical, a categoria deve aderir ao movimento paredista com cautela.

 

Para o secretário de Comunicação da CUT Brasília, Marcos Junior, “é preciso ficar em alerta com a polícia, que está cada vez mais preparada para criminalizar nosso movimento”. Ele citou que há algumas semanas, um grupo de rodoviários, foi detido por estar filmando uma determinada cena que envolvia um trabalhador. “Fiquei chocado com tamanha truculência”, observou Marcos Junior, destacando que os rodoviários e os outros trabalhadores são guerreiros ‘por natureza’.

 

Se deixar, governo Bolsonaro vai asfixiar a população

Em uma breve análise de conjuntura política e social, a funcionária da Caixa e deputada federal Erika Kokay (PT-DF) lamentou a atuação condução do país por uma pessoa totalmente despreparada. “A reforma da Previdência, que já é uma tragédia, se tornará ainda pior quando eles descobrirem que precisam pagar a população economicamente (em trânsito) que banca as mais de 30 milhões aposentadorias atuais.

 

Kokay também citou a MP 871/2019, que faz perder validade a declaração emitida por sindicatos rurais, e a MP 863/2018, que autoriza até 100% de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras. “Dois grandes retrocessos deste governo que não sabe para onde vai”, criticou.

 

Homenagem

Durante a plenária que debateu a crueldade da reforma da Previdência e os outros ataques de Bolsonaro à classe trabalhadora e à sociedade em geral, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias, recebeu uma placa em homenagem à reinauguração da nova sede da entidade sindical, entregue por Rodrigo Britto e pela vice-presidente da Central, Meg Barbosa. “Agradeço a homenagem e já coloco esse espaço à disposição de todas as trabalhadoras e trabalhadores na organização da greve geral e de outras lutas”, afirmou Farias, ao lembrar que os rodoviários farão tudo para que os ônibus não circulem pela capital. “Só assim, muita gente vai perceber que fez a escolha errada, ao eleger Bolsonaro para presidente. Ele só retira direitos e não sabe o rumo do seu próprio governo, e que já enfrenta grande número de insatisfeitos.”

Fonte: CUT Brasília