Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Silva
O Distrito Federal está à beira de uma epidemia de contaminação hospitalar generalizada.
Foi o que denunciou com veemência a presidente do sindicato dos trabalhadores terceirizados (Sindiserviços-DF), Maria Isabel Caetano dos Reis (Dona Isabel), diante aos olhos espantados e perdidos do secretário Adjunto da Casa Civil, Fábio Rodrigues Pereira, escalado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para coordenar reunião no final da tarde dessa quarta-feira (18), no 6º andar do Anexo do Palácio do Buriti, que tinha por objetivo viabilizar a urgente recontratação dos mais de 400 trabalhadores terceirizados que foram recentemente demitidos dos já precários serviços terceirizados de limpeza, conservação e higienização dos hospitais, posto de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF.
A reunião de ontem, mais uma vez viabilizada pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT/DF), seria para a Secretaria de Estado da Saúde (SES/DF) apresentar o estudo técnico que viabilizaria a readmissão imediata dos trabalhadores, conforme ficou determinado na reunião do dia 28 de junho com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e ratificada no inicio deste mês pelo chefe da Casa Civil Sergio Sampaio, em nova roda de discussões.
Porem, além de não apresentar nenhum documento, os técnicos da SES/DF tentaram impor na reunião que o atual quadro de trabalhadores era suficiente para a execução dos serviços de limpeza, conservação e higienização das emergências, áreas internas e externas da rede pública de saúde, incluindo a limpeza das ambulâncias.
Indignada, a presidente do Sindiserviços-DF expôs que os terceirizados estão sendo escravizados e explicou que nos postos de trabalho em que haviam entre cinco ou dez profissionais, agora só tem apenas dois ou um trabalhador no máximo.
E denunciou que o quadro mínimo de trabalhadores tem obrigado aos poucos que ficaram no emprego, a terem que trabalhar obrigatoriamente por até 65 horas semanais, quando a Convenção Coletiva de Trabalho do Sindiserviços-DF e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina no máximo 44 horas semanais.
Deputado cobrará responsabilidades do governador
O distrital Chico Vigilante (PT/DF) também expos toda a sua indignação, diante, do que considerou ser uma postura arrogante e descompromissada dos técnicos da SES/DF com a saúde pública do DF, alem do tratamento desumano com os trabalhadores que estão sendo explorados feitos escravos, juntamente com a desonrosa perda do emprego por milhares de pais e mães de família desde o inicio da atual gestão da Saúde.
O parlamentar destacou que a SES/DF já poderia ter encontrado uma solução para viabilizar o retorno dos trabalhadores demitidos aos postos de trabalho e em conformidade ao que determina a Instrução Normativa do Ministério de Planejamento – MPOG, do Governo Federal, que regulamenta 800 metros quadrados como área de atuação diária de um trabalhador.
Chico Vigilante deixou claro para o adjunto da Casa Civil do GDF e para todos os demais servidores públicos presentes na reunião, que vai cobrar veementemente às responsabilidades e o compromisso assumido pelo governador.
Secretaria de Saúde promete agilizar
Após a pressão do deputado e dos sindicalistas, sem conseguirem se explicar, os agentes públicos da SES/DF disseram que vão intensificar os estudos de viabilidade técnica e contratuais para buscar o urgente aval do Tribunal de Contas do DF (TCDF) e demais segmentos ordenadores do DF, para conseguirem viabilizar a urgente contratação de empresas para a prestação dos serviços.