Enquanto nas ruas o povo se mobiliza para o Dia Nacional de Lutas – agendado para o próximo dia 19 – contra a reforma da Previdência, dentro do Congresso, parlamentares da oposição farão obstrução total das pautas sobre o tema na Câmara dos Deputados. A determinação, anunciada após grande ato no Plenário II da Casa, realizado nessa terça-feira (6), é parte da força tarefa dentro e fora do Congresso para impedir que a medida do ilegítimo Temer avance e seja aprovada.
“Esse ato marca o tom que nós queremos dar para a reforma da Previdência. Os partidos da oposição e os movimentos sociais organizados têm prioridade em derrotar qualquer proposta que venha sobre o tema. Nós entraremos em obstrução total das pautas de funcionamento da Câmara enquanto não tivermos derrotado definitivamente a proposta”, anunciou o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Casa, Paulo Pimenta.
Outra ação importante para barrar a reforma da Previdência é a pressão popular, que inclui a denúncia dos deputados que votam com o governo em suas bases eleitorais. Sob o slogan “Quem voltar, não volta”, o movimento pretende mostrar à sociedade quem são os representantes que estão contra seus direitos. Além disso, foi reforçado o chamado para as ruas no dia 19, data prevista para a votação da proposta.
“A nossa ideia é, junto às outras centrais e movimentos populares, aumentar as energias contra a reforma. Temer conseguiu que nos uníssemos todos contra ele, e estaremos nas ruas com atos, manifestação, paralisação durante todo o dia 19”, disse a secretária de Relações de Trabalho da CUT, Graça Costa.
Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT Nacional
Já a vice-presidenta da CUT Brasília, Meg Guimarães, destacou a importância da luta unificada para barrar o tema e ressaltou que lutar contra o projeto é, sobretudo, defender a democracia. “Esse ato foi fundamental no sentido de construir a mais ampla unidade de todos os setores. Estamos aqui para reiterar a posição clara contra essa reforma que só traz retrocesso ao conjunto dos trabalhadores. Existe uma relação direta entre o Estado de exceção e a retirada de direito. Logo, defender a democracia é defender os direitos; é lutar contra a implementação das contra-reformar do golpista. É, sobretudo, defender a classe trabalhadora”.
Fonte: CUT Brasília