As graves ameaças de desequilíbrio climático são tema da 7ª Marcha Mundial do Clima que acontece na próxima quarta-feira (1º,) a partir das 9h, rumo ao Congresso Nacional. O objetivo do ato é pressionar o governo brasileiro, que participará da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP 23), em 6 de novembro, na Alemanha, a assumir o compromisso de garantir o equilíbrio climático cortando as emissões de gases de efeito estufa (GEEs).
No mesmo dia da marcha, uma comissão composta por sindicatos, ONGs, movimentos sociais e igrejas deverá ser recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para entregar as reivindicações de combate e enfrentamento das mudanças climáticas no Brasil.
De acordo com o manifesto elaborado pelos organizadores da marcha, é urgente e necessário que a pressão do povo se faça ouvir e sentir democraticamente sobre o governo. “A emergência das tragédias climáticas que se abatem sobre o Brasil e mundo afora, umas seguidas das outras, nos obriga a urgente pressão sobre todos os governos, tanto aqui, como mundo afora. Pesquisas já evidenciaram que não há mais tempo para reverter este desequilíbrio”.
Há mais de 20 anos, a Marcha Mundial do Clima existe e seu acontecimento se dá sempre durante a COP de Clima da ONU, com o objetivo de ampliar o debate e as urgentes providências que o Estado precisa tomar para evitar as mudanças drásticas no planeta.
No Distrito Federal, em 2017, a população sentiu as graves consequências do desequilíbrio climático. Ondas fortes de calor ocasionaram o grande período de estiagem e seca, causando longos períodos de racionamento de água por todo DF.
Depois do golpe orquestrado por Michel Temer, se criou um ambiente onde as questões socioambientais estão sendo oferecidas como moeda de troca para obter votos favoráveis em ações que o golpista está sendo acusado, desconsiderando, inescrupulosamente, o imenso prejuízo causado a curto e médio prazos ao nosso ecossistema.
Entre as medidas que tramitam no Congresso Nacional que possibilitam o desequilíbrio climático, estão:
– A MP 759 – que descaminha a reforma agrária e legaliza a grilagem de terras no Brasil;
– PL 3729/2004 – que flexibiliza e afrouxa as regras para o licenciamento ambiental, na prática colocando em alto risco de colapso todo e qualquer empreendimento e o Brasil;
– PEC 215 que propõe passar para o legislativo o poder de decidir sobre as demarcações de terras indígenas com a clara finalidade de frear o reconhecimento e tomar os territórios dos povos indígenas, o que na prática os genocida;
– PL 1610/96 que pretende liberar as terras indígenas para a exploração mineral;
– Os ataques contra o decreto 4887/2003 que regulamenta a titulação das terras dos quilombos com o objetivo de perversa e gananciosamente tomar as terras dos quilombolas;
– PL do Veneno na tentativa de ampliar a insana e criminosa liberação do uso de ainda mais agrotóxicos no Brasil que vergonhosamente é o “campeão” de abuso de agrotóxicos no mundo;
– E o recente decreto de Temer (9.147/17) que tentava a extinção da Renca (extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados – Renca), na prática tomando a terra de inúmeros indígenas.
Fonte: CUT Brasília
http://www.cutbrasilia.org.br/site/brasilia-recebe-a-7a-marcha-mundial-do-clima-nesta-quarta-1/