Recepcionistas que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento do Distrito Federal do Paranoá, Gama, Brazlândia, Vicente Pires e Riacho Fundo II, contratadas pela empresa Andrômeda, paralisaram suas atividades após o atraso do salário que deveria ter sido pago até o quinto dia útil de novembro. Os trabalhadores já acumulam 20 dias sem receber, enfrentando contas atrasadas e dificuldades básicas para sustentar suas famílias. Muitos são responsáveis por todo o sustento de seus lares.
O Sindiserviços-DF considera a situação inaceitável. O governo contrata as empresas, mas fecha os olhos para a realidade de quem garante o funcionamento da saúde pública. É sempre o mesmo ciclo, a empresa prestadora do serviço age de forma irresponsável e atrasa o pagamento dos salários, trabalhadores terceirizados sofrem com o descaso e o GDF se omite. Enquanto isso, quem mantém as portas das UPAs abertas está sendo tratado com desrespeito e descaso.
A presidenta do sindicato, Maria Isabel Caetano, reforça a indignação da categoria.
“É um absurdo que trabalhadoras essenciais, que acolhem a população em momentos de urgência, estejam passando por humilhação para receber aquilo que é de direito. A empresa precisa cumprir suas obrigações contratuais e o Governo Ibaneis precisa fiscalizar com rigor. Não aceitaremos que mais uma empresa explore os trabalhadores e as trabalhadoras, fazendo-os trabalhar sem salário.”
O Sindiserviços-DF exige imediata regularização dos pagamentos e cobra do GDF uma postura firme, com fiscalização real sobre os contratos e punição às empresas que atrasam salários. Greve não é escolha – é consequência da irresponsabilidade patronal e da negligência do poder público.
O sindicato segue acompanhando a paralisação e reforça que não aceitará nenhum ataque à dignidade da categoria.


