Rodrigo Flores , 6 Minutos – São Paulo
16/10/2019 – 10:44
O rendimento médio mensal de trabalho da população 1% mais rica foi quase 34 vezes maior que o dos 50% mais pobres em 2018. Enquanto o primeiro grupo arrecadou R$ 27.744 por mês, a metade menos favorecida ganhou R$ 820. Ou seja, quase 20% a menos que o salário mínimo, que é de R$ 998.
Abaixo, o 6 Minutos aponta as principais conclusões da pesquisa:
Ricos mais ricos, pobres mais pobres
A renda dos mais ricos aumentou 8,4%. Já o rendimento dos 30% mais pobres recuou em relação a 2017.
Salário médio diminuiu
Na média, o brasileiro recebeu menos pelo trabalho em 2017 do que recebia em 2014. Em três anos, a média caiu de R$ 2.279 para R$ 2.234. No Nordeste, o rendimento médio foi de R$ 1.479, enquanto no Sudeste chegou a R$ 2.572.
“O rendimento do trabalho corresponde a aproximadamente três quartos do rendimento total das famílias. O mercado de trabalho em crise, onde as pessoas estão deixando seus empregos e indo trabalhar em outras ocupações, com salários mais baixos, provoca um impacto no rendimento total”, explicou a gerente da PNAD Contínua, Maria Lucia Vieira.
Desigualdade aumentou
O índice de Gini, que mede concentração e desigualdade econômica, aumentou — ou seja, cresceu a desigualdade no país. Em 2018, ele foi de 0,509, depois de ter chegado a 0,494 em 2015.
População que recebe aposentadorias e pensões chega a 14,6%
A renda média por aposentadorias e pensões no país ficou em R$ 1.872 em 2018, um crescimento de 3,3% em relação a 2017 e de 7,3% em relação a 2012. Do total da população, 14,6% recebiam esse benefício em 2018, enquanto em 2012 essa proporção era de 13,1%.
Número de beneficiários do Bolsa Família reduz para 13,7%
A pesquisa mostrou também que a proporção de domicílios que recebiam rendimentos do Programa Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018.
O rendimento médio mensal domiciliar dos que recebem dinheiro do Bolsa Família também caiu, passando de R$ 368 para R$ 341, após ter chegado ao pico de R$ 398 em 2014.