Sindiserviços-DF participa do Maio Lilás contra a reforma e pela inclusão racial

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Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Silva 

 

Diante do forte ataque aos direitos, conquistas e benefícios, juntamente com a tentativa de reduzir o poder de organização de luta da classe trabalhara em sindicatos, a presidente do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no DF, Maria Isabel Caetano dos Reis (Dona Isabel), participou da abertura da Campanha Maio Lilás promovida pelo Ministério Publico do Trabalho (MPT), na ultima segunda-feira (7), no auditório da Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), em Brasília

 

A campanha tem por objetivo resgatar os direitos dos trabalhadores perdidos com a implantação da reforma trabalhista de Michel Temer (Lei nº 13.467 – Planalto) e tem o apoio das centrais sindicais e sindicatos de todo o país.

 

Estão previstas pelo MPT a realização de atividades em várias outras cidades brasileiras durante todo este mês de maio site www.reformadaclt.com.br/.

 

Também foram produzidos vídeos esclarecendo os trabalhadores sobre a reforma trabalhista e seu lado danoso para o mundo do trabalho, a Cartilha em Quadrinhos do MPT nº 34 “Sindicatos”, com o objetivo conscientizar a classe trabalhadora sobre a importância da união e organização dos trabalhadores em sindicatos, principalmente como instrumento da sociedade civil em defesa dos seus direitos, benefícios e conquistas, conforme determina a Constituição Federal de 1988.

 

Procuradora Ana Cristina e sindicalistas 

 

Durante o evento da ultima segunda-feira, foi realizado debate que contou com a participação dos procuradores e os representantes de entidades sindicais de trabalhadores e patronais, que discorreram sobre os efeitos danosos da reforma Trabalhista para o mundo do trabalho.

 

Em sua participação, o secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil), Valeir Ertle, disse que se torna impossível a regulamentação das relações de trabalho e da organização sindical, incluindo a garantia da liberdade sindical e bem estar social para a classe trabalhadora, diante ao atual Estado de Exceção e que é imposto pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB/SP).

 

Segundo o MPT, o Maio Lilás é uma homenageia às 129 mulheres trabalhadoras que foram trancadas e queimadas vivas em um incêndio criminoso numa fábrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de maio de 1857, por reivindicarem salários mais justos e redução na jornada de trabalho.

 

Pacto pela inclusão racial no mercado de trabalho no DF

 

        Na sequencia da programação, Dona Isabel também participou na quarta-feira (9), no auditório do MPT da 513 Norte, juntamente com os procuradores, sindicalistas e representantes de segmentos  contra à discriminação racial no DF, no que debateram sobre o “Pacto pela inclusão racial no mercado de trabalho no Distrito Federal (DF)”.

 

        Ao esclarecer que mais de 60% das trabalhadoras e dos trabalhadores terceirizados no DF são negros e que em sua maioria são discriminados ou invisíveis aos olhos dos demais servidores nos seus locais de trabalho.

 

Dona Isabel informou que há anos o Sindiserviços-DF vem desenvolvendo atividades de conscientização contra o racismo e todo tipo de preconceito e discriminação pela Diretoria de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo.

 

Dona Isabel do Sindiserviços-DF

 

O sindicato, também, disse, já ingressou no MPT com diversas denuncias contra discriminação racial e de assedio moral que sofrem os trabalhadores terceirizados.

 

Para o presidente da CUT Brasília, o bancário Rodrigo Brito, falou também sobre as constantes campanhas contra todo tipo de discriminação e preconceito que a Central tem desenvolvido em defesa da classe trabalhadora e da sociedade em seu todo.

Rodrigo Brito da CUT Brasília 

 

Rodrigo também falou sobre as constantes denuncias que a CUT tem feito contra o que considera ser a “deforma trabalhista”, imposto pelo governo golpista, estamos vivendo um Estado de Exceção.

 

No qual, prosseguiu, o que está em jogo, além da destruição dos direitos, conquistas e poder de organização da classe trabalhadora, o aniquilamento da Justiça do Trabalho, exatamente para que os trabalhadores não tenham instrumentos de organização como os sindicatos e nem como se defender da constante e progressiva exploração social e da sua força de trabalho.

 

MPT

A procuradora do Trabalho, Ludmila Reis Brito Lopes, apresentou o Procedimento Administrativo (PA/Promo nº 65/2018-MPT/DF-TO), fruto de audiência pública realizada em fevereiro deste ano, que foca três eixos: conscientização, capacitação/qualificação e contratação, visando otimizar a inclusão racial no mercado de trabalho no DF.

 

O estudo, segundo a explanação final da procuradora, servirá como importante instrumento de debate sobre as questões raciais para um observatório, o que deverá ser composto pelas lideranças presentes.

 

Procuradora Ludmila Reis e segmentos contra o racismo

 

Outra importante decisão será inclusão de Termo Aditivo nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), garantindo a contratação de pessoas negras e a ascensão funcional de jovens negros aprendizes.

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