Por Imprensa Sindiserviços-DF – Robson Oliveira Silva
Terceirizados nas escolas de São Sebastião
Vivendo com estrema dificuldade devido os constantes atrasos nos seus vencimentos, cerca de três mil três empregados da Empresa Juiz de Fora, contratada pela Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEE/DF), para a limpeza e conservação nas escolas públicas das Regionais de Ensino de São Sebastião, Sobradinho, Paranoá, Planaltina, Gama, Santa Maria, Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Cidade Estrutural, Guará e Plano Piloto, decidiram na manhã desta terça-feira, 08/08, em assembleia setorial, paralisar as suas atividades a partir de amanhã, quarta-feira 09/08, até que a empresa pague o salário do mês, o vale transporte e dois meses e meio de tíquete alimentação que também estão atrasados.
Conforme a Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria, as empresas contratadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) devem pagar os seus empregados até o quinto dia útil de cada mês, no caso dos terceirizados na Educação, eles deveriam ter recebido na ultima segunda-feira 07/08.
Foi o que informou os diretores do Sindiserviços-DF, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no DF.
O sindicato também informa que outros dois mil trabalhadores na limpeza das demais escolas públicas no DF, num total de quase 700 estabelecimentos de ensino, empregados das empresas Servegel e Real JG, juntamente com quase 800 terceirizados na merenda escolar, também estão sem receber o salário e o tíquete alimentação do mês, porem ainda não decidiram aderir ao movimento grevista.
Trabalho escravo
Terceirizados em Planaltina
A direção do Sindiserviços-DF, ressalta que os trabalhadores estão vivendo como escravos com longos atrasos salariais, constrangimentos e ameaças do corte do ponto caso venham a aderir a movimento grevista para reivindicar os seus direitos.
Para se ter uma ideia, os empregados da Juiz de Fora receberam o salário de abril só no dia 14 de junho e o salário de junho somente saiu no dia 30 de julho. Mesmo assim, a empresa não pagou os tíquetes alimentação e o vale transporte veio em atraso.
Já os empregados da Real JG somente receberam o mês de abril no dia 4 de julho, com quase dois meses de atraso.
A direção do sindicato ressalta que a situação já é recorrente há mais de dois anos, tendo denunciado e participado de inúmeras audiências públicas com os representantes do GDF e os donos das empresas no Ministério Publico do Trabalho (MPT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/DF), sem que os trabalhadores tenham uma solução que possam regularizar os seus vencimentos.
Também tramita na Justiça Ação Coletiva cobrando os prejuízos que os trabalhadores sofrem com os rotineiros atrasos.