Greve de trabalhadores terceirizados da saúde é retomada em protesto contra atrasos salariais e omissão do GDF

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Os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da empresa Ipanema, que prestam serviços nos hospitais de Samambaia e Brazlândia, retomaram a greve nessa terça-feira (26), ampliando a paralisação e incluindo os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do Hospital São Vicente de Paulo. A mobilização, iniciada no dia 12 de novembro, denuncia o atraso no pagamento dos salários de outubro, bem como do vale-alimentação e transporte de novembro.

A paralisação havia sido suspensa no último dia 21, após o Governo do Distrito Federal (GDF) se comprometer a substituir a empresa. Por diversas vezes, a Ipanema recebeu os repasses do GDF, mas deixou de pagar os funcionários, como ocorreu novamente agora. Infelizmente, o governo não cumpriu a promessa de troca, o que levou a categoria a retomar a greve, com ainda mais força e indignação. E a conta aumentou, pois aos salários de outubro já se somam os tíquetes de alimentação e as passagens referentes a novembro.

Paralelo ao movimento grevista, na terça-feira (26), o Sindiserviços-DF conquistou uma vitória importante, uma liminar judicial que obriga o GDF a assumir e quitar os débitos da empresa com os trabalhadores em um prazo de até cinco dias. Mas a categoria permanecerá de braços cruzados até que toda a conta seja paga, informou o sindicato.

Para a presidenta do Sindiserviços-DF, Maria Isabel Caetano, a situação revela uma covardia inaceitável por parte da empresa e do GDF. “O que estão fazendo com esses trabalhadores e trabalhadoras é grande injustiça. São pais e mães de família, com contas para pagar, crianças para alimentar, e muitos já estão passando necessidades. A empresa Ipanema tem agido com total irresponsabilidade ao embolsar o dinheiro que era para pagar os funcionários, e o governo foi conivente, deixando a situação chegar a esse ponto. Não vamos aceitar esse descaso”, disse a dirigente. “O salário já é pouco, ainda mais para pagar os juros das contas atrasadas”, completou.

Nesta quarta-feira (27), foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Regional de Taguatinga também paralisarem suas atividades devido à falta do pagamento do vale-transporte e do vale-refeição.

A direção do Sindiserviços reforça que a luta continua até que o governo cumpra sua obrigação e coloque fim a essa situação vergonhosa. Enquanto isso, a categoria segue firme na greve.

“É GREVE PORQUE É GRAVE!”
“SEM SALÁRIO, NÃO TEM TRABALHO!”